Segundo um recente levantamento feito pela CordVida junto aos principais laboratórios do mundo, o número acumulado de pacientes tratados com sangue de cordão de bancos privados até o fim do ano de 2014 saltou de 1.247 para 1.663 até o fim de 2018, aumentos significativos tanto do uso alogênico, quanto autólogo.
OS AVANÇOS DA CIÊNCIA E OS TRATAMENTOS ATÉ 2018
Infusões autólogas – 900 pacientes
O salto no número de pacientes tratados nos últimos 4 anos se deve principalmente ao impulso de inúmeros ensaios clínicos na área neurológica via infusões autólogas, principalmente para:
- Paralisia cerebral (Fase I e II concluídas)
- Autismo (Fase I concluída)
- AVC isquêmico (Fase I concluída)
Transplantes aparentados – 763 pacientes
Embora sejam uma terapia mais madura e consolidada, os transplantes aparentados também apresentaram um crescimento no número de pacientes tratados neste mesmo período, com destaque para as doenças mais prevalentes como:
- Leucemia
- Talassemia
- Anemia falciforme
A IDADE DOS PACIENTES TRATADOS
Embora 7% dos pacientes tivessem mais de 9 anos de idade, sendo dois inclusive com mais de 20 anos, a maioria dos pacientes que utilizou amostras armazenadas de sangue de cordão eram crianças com menos de 3 anos de idade.
Isso é explicado por dois fatores:
- Os laboratórios de armazenamento de células-tronco só existem há cerca 20/25 anos nos EUA e há 15 anos no Brasil.
- A chance de utilização das células-tronco do sangue do cordão aumenta com os anos, já que a incidência de doenças como leucemias, linfomas e mielomas cresce exponencialmente a partir dos 40 anos de idade (gráfico abaixo).²
Conclusão
Nos últimos 4 anos, pudemos verificar através dos dados dos principais bancos privados um aumento significativo do uso de células-tronco do sangue do cordão umbilical. Esse crescimento deve-se principalmente ao uso na área neurológica via infusões autólogas e também ao aumento do número de transplantes aparentados em tratamentos já consagrados nas áreas oncológica e hematológica.
Bancos participantes
Albert Einstein Hospital, Sao Paulo, Brasil | CordBank, New Zealand | General BioTechnology, USA | Progenics Cord Blood Cryobank, Canada |
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AlphaCord, USA | Cordlife, USA | HealthBanks, Taiwan | Queensland Cord Blood Bank, Australia AustCord network |
Banco de Cordon Umbilical (BCU), Mexico | Cordlife Afilliates | Insception (then Mt. Sinai Hospital), Canada | Smart Cells, UK & BioVault, UK |
Biohellenika, Greece | CordVida, Brasil | Insception LifeSciences, Canada | Stem Cell Institute, Japan |
BIONET/BabyBanks, Taiwan | Crio-Cord, Spain & Cryo-Save, Belgium | Krio Institue, Hungary | StemLife, Malaysia |
CBR, USA | Crioestaminal, Portugal | LifebankUSA, USA | StemOne Biologicals, India |
Cell Care, Australia | Cryo-Cell Mexico, Mexico | Lifecell, India | Taburit, Israel |
Cells for Life, Canada | Cryo-Save, Belgium | Matercell, Argentina | THAI StemLife, Thailand |
Cells4Life, UK | Cryocell, USA | MAZE, USA | Viacord, USA |
Community Blood Services, USA | Eurocord-Slovakia, Slovak Republic | Medifreeze, Israel | Virgin Health Bank, UK |
CorCell, USA (Cord Blood America) | Famicord, Europa | New England Cord Blood Bank, USA | Vita 34, Germany |
Cord Blood Center, Romania | FamilyCord (then California Cryobank), USA | Polish Stem Cells Bank (PBKM), Poland | Vivocell, Austria |
Referências Bibliográficas:
- Levantamento de consolidado de transplantes – CordVida 2019
- NCI – SEER Cancer Statistics Review (CSR) 1975-2016